quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A aluna na lousa.



Cheguei louca de medo naquela classe, dentro da sala haviam pessoas de todas as idades, pessoas muito mais velhas do que eu. O fato de terem pessoas mais velhas não é o problema, o problema é quando aquelas pessoas esperam de você  a experiência que elas acreditam que você tem.

Pobres coitados, fora umas experiências de monitoria eu não tinha nenhuma experiência. Eles me olhavam, cheios de desejos, afinal era o seu primeiro dia de aula, era o nosso primeiro dia de aula.

O coração acelerou, parecia que ia salta pela boca, peguei uma caneta para não aparentar as mãos tremendo, a voz quis me deixar na mão, não exitei, fiz um movimento na garganta e dei oi para o pessoal.

Imagino que eu estava da cor de um tomate, porém o dia foi a mais de 20 graus, e por horas parecia que eu estava assim devido ao tempo.

Respirei fundo e pensei "para que ter medo"?

Então expliquei a situação, me apresentei e disse, vocês são os meus primeiros alunos... eles riram. Não sei se ficaram nervosos, ou se acharam graça da minha sinceridade.

A aula foi tensa, tinha um silêncio grande.

Não tem problema, já tenho planos para os próximos passos, e não tenho dúvida que eu vou chamar eles para participar.

No fim de tudo, tive uma única certeza, quero lecionar para o resto de minha vida.

Uma pobre imortal

Fazem uns dois dias que assistir um documentários sobre a vida do Steve Jobs, bom o cara de hippie virou um capitalista tão eloquente que fazia seus funcionários dedicarem mais as suas vidas ao trabalho do que às pessoas. Enfim, mesmo eu sendo contra isso a Apple foi e é um sucesso. No documentário aparece ele fazendo um discurso onde ele diz pra nos dedicarmos às nossas tarefas como se fosse a nossa última oportunidade (ou coisa do tipo).

Bom depois de ver este documentário eu fiquei toda animadinha, pensando: "hum maravilha, vou pegar o meu projeto de dissertação e mandar ver", dois dias já se passaram e nada, não sei por onde começar, brinquei de escrever os dois primeiros parágrafos mas ficou péssimo.

Eu não estava querendo desistir de ter esse ânimo do Steve... daí ontem eu assistindo o Saia Justa e um dos temas era o "elogio". No decorrer das discussões a Astrid fala que é preciso elogiar o processo porque ele sim é que é importante. Recebi outro gás né?! E lá fui eu voltar a pensar no meu projeto, comecei a vê-lo como um processo, um processo lindo onde eu dedicaria todas as minhas energias como se fosse a minha última chance.

Bom isso foi ontem, agora já é hoje e ainda não sai dos dois primeiros parágrafos, o meu ânimo já se foi pro ralo, e eu quero mais é terminar essa PORRA porque eu não aguento mais esse negócio torturando a minha mente.

Enfim, não vai ser o projeto do ANO tal qual seria se fosse o Steve Jobs e o processo que se dane porque eu não aguento mais ele, eu quero é ver o fim.

Moral da história: quem nasce pra Mortal não chega a Steve Jobs.